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Pesquisa Dirigentes Partidários e Reforma Política

Publicado em 30 de Julho de 2021

Segundo relatório, dirigentes partidários não tem consenso sobre Distritão, rejeitam voto impresso e querem menos controle externo

A campanha Freio na Reforma: Política se Reforma com Democracia”, lança este mês a pesquisa Dirigentes Partidários e Reforma Política. O estudo qualitativo foi realizado pela IDEIA Big Data, a pedido da campanha. Foram entrevistados 18 líderes nacionais de partidos políticos brasileiros: sete lideranças do Sudeste, sete do Nordeste e quatro do Sul. O objetivo foi conhecer e se aprofundar sobre o posicionamento desses dirigentes sobre diversos temas, incluindo algumas das propostas em discussão na reforma político-eleitoral em discussão no Congresso Nacional. 


A pesquisa com os dirigentes abrangeu temas como transparência política, estrutura partidária, representatividade e reforma política. Em geral, os dirigentes querem menos burocracia, mas indiretamente apoiam o patamar atual de transparência e representatividade. Do ponto de vista de dirigentes, há consenso que já há muita transparência partidária no país, percepção contrária à da população, o que indica um potencial conflito entre partidos políticos e a opinião pública.


O levantamento identificou que todos os presidentes nacionais dos partidos entrevistados recusam regras adicionais para aumentar a transparência partidária. Para eles, as regras existentes já são suficientes para dar transparência aos partidos ,e, por isso, a prioridade seria diminuir a burocracia. “O problema é que a legislação eleitoral torna tudo muito penoso, complexo e difícil. Um sistema mais simples ajudaria muito”, aponta um entrevistado. 


Já o voto impresso, 14 dos 18 dirigentes partidários são contrários à aprovação. “Dos quatro presidentes favoráveis ao voto impresso, três são alinhados às pautas do governo Bolsonaro, ao passo que um partido não é alinhado com essa agenda”, diz a pesquisa.


Com relação ao distritão, oito dos 18 líderes entrevistados são favoráveis. Desses, cinco são de partidos alinhados às pautas governistas. Mas entre os dez contrários à proposta, cinco são de partidos que apoiam a agenda do governo e cinco são contrários. “Sou contra o distritão porque acho que isso tira o vigor da democracia”, defende um dos entrevistados.


Em relação à maior representatividade de mulheres, negros e jovens, todos os entrevistados afirmam ser favoráveis à diversidade no âmbito político-partidário, mas afirmam que a forma de promovê-la, é a destinação de mais recurso às siglas. “Sou favorável a estímulos financeiros [para aumentar a representatividade no partido]. Sou contra cotas. Sou favorável quando os estímulos são recursos”, explica um dos líderes.
Em relação ao tema da inelegibilidade e controle pela Justiça Eleitoral, há consenso de que condenações devem acontecer só depois do trânsito em julgado final, e que os partidos devem ter mais controle sobre a Justiça Eleitoral. “Sou a favor de modificar a Ficha Limpa. Deve ser aplicada somente depois do trânsito em julgado final”. O posicionamento é contrário a movimentos da sociedade civil, e enfraquecem a tese central da Lei da Ficha Limpa, resultado de Iniciativa Popular, indicando posicionamentos contrários entre partidos e a opinião pública.

PARA LER A PESQUISA NA ÍNTEGRA, ACESSE AQUI

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